3. A BÍBLIA, NOSSA ÚNICA AUTORIDADE

09/02/2010 01:21

DISTINTIVOS DOS BATISTAS REGULARES

3ª LIÇÃO: A BÍBLIA, NOSSA ÚNICA AUTORIDADE

TEXTO-BASE: ISAÍAS 8.20

INTRODUÇÃO

No estudo anterior, tratamos do seguinte Distintivo Batista: “A Bíblia, a nossa fonte de conhecimento”. Afirmamos que a natureza, as experiências humanas e razão não são um meio seguro de chegar ao conhecimento de Deus. A Bíblia é a única fonte infalível e confiável, Ela é tudo que Deus desejava transmitir para os Homens.

Nesta lição, abordaremos o segundo distintivo: “A Bíblia, a nossa única autoridade”.

A Bíblia expõe orientações claras em assuntos concernentes a moralidade, a Escritura Sagrada apresenta soluções eficazes para os problemas de ordem espiritual do homem. O maior problema da humanidade é que ela como um todo não tem a Bíblia como autoridade em assuntos morais e espirituais. A Bíblia tem a única solução eficaz para os problemas humanos.

A humanidade como um todo prefere comungar com o pensamento do intelectual James Barr, que escreveu: “Meu relato sobre a formação da tradição bíblica é um relato sobre trabalho humano. E declaração da crença do homem”.

A BÍBLIA, NOSSA ÚNICA AUTORIDADE

Os distintivos Batistas Regulares reconhece que “a Bíblia, nos 66 livros, é a Palavra de Deus revelada em linguagem humana, escrita por homens santos de Deus e inspirada pelo Espírito Santo (II Timóteo 3.15-17; II Pedro 1.20-21) de tal forma que cada palavra de toda Bíblia, nos manuscritos originais, é Palavra de Deus (Mateus 5.18). Todo o seu conteúdo é verdade, sendo completamente isenta de erros (João 10.35; 17.17). A Bíblia é a única autoridade do crente em matéria de fé e prática, padrão de avaliação da doutrina e conduta humanas (Hebreus 4.12), cujo propósito é comunicar a natureza de Deus (Romanos 10.17; II Timóteo 3.15-17)”.

Através da história, os batistas têm sido notados pela defesa do princípio que a Bíblia, em seus 66 livros, é autoridade do crente em matéria de fé e conduta.

Autoridade é o direito ou poder de exigir obediência. Em todos os assuntos, Deus tem o direito de comandar e estabelecer o nosso padrão de fé e prática.

Toda autoridade de Deus é suprema, pois ela é uma garantia de uma verdadeira liberdade. A autoridade bíblica foi constituída e necessita ser aceita pelos batistas; pois ela não faz os cristãos inferiores, imprimindo, ao contrário, às suas vidas um sentido mais seguro de caminhada cristã.

Sendo a expressão da vontade de Deus, a Bíblia possui o direito de definir em que devemos crer no campo das questões eclesiásticas e como devemos nos comportar.

Nós Batistas Regulares cremos que a Bíblia tem padrões absolutos do certo e do errado e também acreditamos que a sua autoridade exclui qualquer outra autoridade na questão de fé.

Todas as declarações doutrinárias, convenções ou assembléias devem ser submissas a autoridade bíblica.

OS EXTREMOS DO CRISTIANISMO

A consciência e a razão são as fontes de padrão e autoridade na concepção do mundo, mas o cristianismo pensa completamente diferente.

Na questão da autoridade da Bíblia, o cristianismo oscila entre a posição Católica e a Batista.

A igreja católica tem uma tripla autoridade que constitui das Escrituras Sagradas, tradição e voz da Igreja. A tradição e a voz da igreja são consideradas autoridades no mesmo pé de igual como a Bíblia e às vezes são aceitas como autoridades superiores ás Escrituras.

O catecismo da igreja Católica afirma o seguinte: “Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja católica”. Esta declaração prova que Igreja Católica tem outras autoridades além da Bíblia e ás vezes até superior a Ela.

Os verdadeiros Batistas proclamam que a Bíblia é a única autoridade. A Confissão de 1689 não admite acréscimos ás Escrituras, sejam por revelações ou tradições humanas. Os batistas não aceita outra autoridade que não seja a Bíblia.

É bom lembra que existe um terceiro grupo de denominações que estão entre a posição católica e a Batista.

EROSÃO EVANGÉLICA

Hoje muitos na igreja estão andando em terrenos perigosos, inventando coisas para sustentar o que eles pensam ser autoridade espiritual.

Há aqueles que admitem que Deus ainda continua dando novas revelações. Eles acreditam ser inspirados por Deus do mesmo  modo que os escritores bíblicos foram. Esta concepção tem que admiti a existência de uma dupla inspiração: Uma geral e a outra específica.

John Owen disse o seguinte: “Se possuem um espírito e este lhes fala diretamente sem o concurso da Bíblia, esta não lhes serve senão para orientação em assuntos gerais, ficando assim em segundo plano. Desta forma roubam seu valor prático; bem como a suficiência e perfeição. Fica então claro que a Bíblia trata de assuntos gerais, mas as profecias, bem as línguas interpretadas, vão tratar de assuntos específicos, vão lhe orientar em assuntos cotidianos”.

Nós batistas acreditamos que isto é uma adição à Bíblia e refutamos como uma falsa autoridade.

Há também aqueles que declaram que a Bíblia não é a Palavra de Deus de modo absoluto.  

Eles acreditam que as Escrituras foram parcialmente inspiradas, uma parte é a Palavra de Deus e a outra não é. Obviamente, isto nos induz ao relativismo perigoso.

Karl Barth afirmou que a Bíblia contém a Palavra de Deus. Ele declarou que nós temos descobrir através da sensibilidade o que é e que não é a Palavra de Deus.

Nós Batistas regulares repudiamos o relativismo de Barth e reafirmamos que temos a Bíblia como nosso padrão absoluto de certo e de errado

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que é imperativo que os batistas reconheçam a Bíblia como a sua única autoridade de fé e prática.

Crendo que a Bíblia é infalível, verdadeira e confiável em todas as questões de que tratam, é importante que deixemos que a Palavra de Deus opere em toda a nossa vida.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

A BÍBLIA: a PALAVRA DE Deus ou de homens? Torre de Vigia. Cesário Lange-SP, 1989.

BOICE, James Montgomery. O Alicerce da Autoridade Bíblica. Vida Nova, São Paulo, 2000.

CATECISMO da igreja Católica. (Online)  Disponível em: https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s1c2_50-141_po.html Acesso em: 15 de  janeiro de 2010.

EM QUE CRÊEM os batistas. Estudos Temáticos. JUERP, Rio de janeiro, 2001

ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. Vida Nova, São Paulo, 1997.

MILNE, Bruce. Estudando as Doutrinas da Bíblia. ABU, São Paulo, 1995.

NEE, Watchman. Autoridade Espiritual. Vida, São Paulo, 2005.

OS DISTINTIVOS dos Batistas Regulares. Editora Batista Regular, São Paulo, 2003.

PERIGOS que rondam a Palavra de Deus. WebArtigos.com. (Online) Disponível em: https://www.webartigos.com/articles/19383/1/perigos-que-rondam-a-palavra-de-deus/pagina1.html. Acesso em: 15 de janeiro de 2010.

STOWELL, Joseph M. Doutrinas Distintivas dos Batistas. IBR, São Paulo, 1986.

VASCONCELOS, Josafá. Nada se Acrescentará. Editora Puritanos, São Paulo, 1998.

 

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